Mário Zanini

Mário Zanini

Nascimento: 1907

Morte: 1971

Mário Zanini nasceu em São Paulo e foi Pintor, decorador, ceramista, professor.  Aos 13 anos, inicia curso de pintura da Escola Profissional Masculina do Brás, em São Paulo. Trabalha como letrista na Companhia Antarctica Paulista, entre 1922 e 1924. Em 1924, matricula-se no curso noturno de desenho e artes do Liceu de Artes e Ofícios de São Paulo - Laosp, que conclui em 1926.

Conhece Alfredo Volpi em 1927 e no ano seguinte estuda com o pintor Georg Elpons. Trabalha no escritório de decoração de Francisco Rebolo entre 1933 e 1938. Em 1935, instala-se no palacete Santa Helena, na praça da Sé, onde divide, a partir de 1936, uma sala com Manoel Martins e Clóvis Graciano. Da reunião desses e de outros artistas, surge o Grupo Santa Helena.

Em 1940 recebe medalha de prata no 46º Salão Nacional de Belas Artes - SNBA e é convidado por Rossi Osir a trabalhar em seu ateliê de azulejos artísticos, o Osirarte. Sua primeira exposição individual acontece em 1944, na galeria da Livraria Brasiliense, em São Paulo. Em 1950, viaja por seis meses pela Itália, em companhia de Volpi e Osir. Ensina gravura na Associação Paulista de Belas Artes e na Escola Carlos de Campos em 1958. A partir de 1968 leciona na Faculdade de Belas Artes de São Paulo. Sua família doa 108 de suas obras ao Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo - MAC/USP em 1974.

Filho de imigrantes italianos, Mario Zanini desenvolve sua trajetória artística em São Paulo, onde reside no bairro operário do Cambuci. Em 1927, torna-se amigo de Alfredo Volpi, vindo a integrar, juntamente com esse artista, o Grupo Santa Helena. Dessa convivência, resulta a produção de composições mais livres, com o uso de pinceladas largas, marcadas pela tensão entre uma pintura emocional e a vontade de formalização, como ressalta a crítica de arte Alice Brill. A afinidade com Volpi, segundo Brill, pode ser observada no modo de aplicar as pinceladas e no tratamento das figuras. Já a influência da obra do pintor francês Paul Cézanne, que marca a produção dos artistas santelenistas, está presente, por exemplo, em Trecho de Linha, 1939.

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