Em Nova York, MoMA reabre com exposição de artistas latino-americanos.

Em Nova York, MoMA reabre com exposição de artistas latino-americanos.

Essa semana o Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, abre suas portas ao público após quatro meses fechado para reforma.

Em sua reestreia, o museu deve impressionar: os 450 milhões de dólares gastos ampliaram a área total do museu em cerca de 30%, chegando a 15.329 metros quadrados. Com isso, ele conseguirá exibir em torno de 2.400 obras ao mesmo tempo, contra as 1.500 de antes da reforma.

Desde 1939 no atual endereço, no centro da ilha de Manhattan, o MoMA passou por reformas em 1950, 1962, 1980 e 2001. Tudo para acompanhar o crescimento de seu acervo e o aumento do número de visitantes (em 2018, foram mais de 3 milhões de pessoas, de 56 países diferentes).

Uma das novidades do novo MoMA é a exposição “Sur Moderno: Journeys of Abstraction” (Sul Moderno: Viagens pela Abstração), criada a partir da importante coleção Patricia Phelps de Cisneros, doada ao museu ao longo dos anos.

As doações da Coleção Patricia Phelps de Cisneros começaram em 1997. Em 2016, aconteceu a maior doação, com 100 peças feitas entre 1940 e 1990. A atual exposição traz trabalhos doados nesse período, entre pinturas, esculturas e obras em papel, e teve organização e curadoria de Inés Katzenstein, María Amalia García e Karen Grimson.

São mais de 30 artistas, com grande presença de brasileiros contemporâneos, como Lygia Clark, Amilcar de Castro, Mira Schendel, Gego, Raúl Lozza, Hélio Oiticia, Jesús Rafael Soto, Tomás Maldonado, Alejandro Otero, Lygia Pape, Willys de Castro e Rhod Rothfuss.

A exibição está dividida em dois momentos. O primeiro, “Obras de arte como artefatos, obras de arte como manifestos”, traz artistas que criaram peças que subverteram formatos convencionais em pintura e escultura. Na segunda parte, “Moderno e Abstrato”, o foco são os trabalhos que se valem da abstração e de seus princípios geométricos, aliando o trabalho de artistas, desenhistas e arquitetos.

Filantropa e colecionadora, Cisneros, venezuelana, especializou sua coleção milionária, ao lado do marido Gustavo Cisneros, em arte latino-americana moderna e contemporânea, com foco em artistas do Brasil, Venezuela, Argentina e Uruguai.

Nos últimos 25 anos, ela doou cerca de 200 obras ao MoMA e fundou o Instituto de Pesquisa Patricia Phelps de Cisneros para o Estudo de Arte da América Latina, que provê bolsas de estudos para acadêmicos, curadores e artistas, além de uma iniciativa de pesquisa de longo prazo, simpósios e publicações.

A coleção de Cisneros inclui, entre as obras modernistas, trabalhos de brasileiros como Mira Schendel, Lygia Clark, Sérgio Camargo, Wyllis de Castro, Geraldo de Barros, Hélio Oiticica, Lygia Pape e Alfredo Volpi. Entre os contemporâneos, estão Thiago Rocha Pitta, por exemplo.
fonte: exame
 

Maior e com proposta expositiva renovada, MoMA em Nova York reestreia com coleção de artistas latino-americanos e Brasil bem representado.