Uma pintura roubada de Pieter Brueghel, considerado o mais importante artista renascentista da pintura flamenga — conhecido por retratar a vida e o imaginário popular, os camponeses e ilustrações imagéticas de provérbios, além de suas famosas pinturas A torre de Babel (1593) e Jogos infantis (1560) —, foi reencontrada em um pequeno museu na Holanda e devolvida ao seu local original — a Polônia.
Era uma pintura de apenas 17 centímetros, em que está representada uma jovem camponesa. Ela traz carvão em uma mão e um balde d'água na outra. A pintura havia sido roubada do Museu Nacional de Gdansk, na Polônia, em crime supostamente coordenado por "agentes do serviço secreto" polonês, em 1974.
O roubo foi descoberto quando, em abril do mesmo ano, uma faxineira do museu derrubou o quadro da parede, sua moldura estilhaçou e, atrás dela, ao invés da pintura original, encontrou-se uma fotografia.
No museu, descobriu-se que uma outra obra de arte também havia sido substituída por uma cópia fotográfica: A Crucificação, do pintor Anthony van Dyck.
Desde então, as duas obras passaram a ser procuradas por autoridades holandesas e colecionadores de arte, até que uma revista de artes e antiguidade (Vind), ao divulgar uma nova exposição em destaque no Museu Gouda, um dos mais antigos dos Países Baixos, falou da pintura de Brueghel como "emprestada por um colecionador particular".
A partir de comparações fotográficas com a pintura que costumava estar exposta na Polônia, a revista contatou o detetive de arte Arthur Brand, que estava em cargo das buscas, e o especialista identificou a correspondência entre as obras.
"Depois de localizar cinco pinturas semelhantes de Brueghel, entrar em contato com a polícia holandesa e polonesa e com o museu, Brand identificou a pintura e solicitou sua devolução oficial", narra reportagem do jornal The Guardian.
De acordo com as autoridades, aquele foi um roubo especializado, que contou com coordenação e uma estratégia para transportar o quadro ilegalmente para o exterior.
fonte: revistaforum
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